domingo, 17 de outubro de 2010

Atualidades científicas

Um passo mais próximo das estrelas

A fonte de energia para o futuro da humanidade pode estar escondida dentro de um minúsculo cilindro dourado que cabe na ponta de um dedo... e que é usado como alvo para os quase duzentos feixes do laser mais energético do mundo.Energia

Há várias décadas que os cientistas perseguem o sonho de conseguir replicar em laboratório e de forma controlada a fusão nuclear - o mecanismo natural através do qual as estrelas produzem a sua imensa energia. Para isto, é preciso pegar em dois isótopos do elemento hidrogénio e obrigá-los a fundirem-se, formando hélio e liberando energia. Mas esta união é muito difícil de atingir, devido à repulsão mútua dos isótopos, e as condições físicas em que esta se consegue ultrapassar são extremamente sensíveis.
Um dos  principais métodos considerados para se tentar alcançar a fusão é o chamado confinamento magnético, em que um anel de plasma - um gás ionizado - é mantido a altas temperaturas num volume restrito. Um exemplo de um sistema deste tipo é o projecto internacional ITER , agora em desenvolvimento no sul de França. O outro método é a fusão por confinamento inercial, em que um pequeno alvo atestado de "combustível" nuclear é irradiado por um grande número de feixes laser de alta intensidade, comprimindo-o de modo em que as condições para se obter fusão sejam atingidas no seu núcleo. Também na Europa, está em desenvolvimento o projecto HiPER , que explora esta via alternativa. (Portugal é representado em ambos os projectos pelo Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear , unidade de investigação do Instituto Superior Técnico , Lisboa)
Agora, num artigo publicado na revista Science desta semana, cientistas do Laboratório Lawrence Livermore , na Califórnia, dão conta de um avanço significativo na tentativa de atingir fusão nuclear usando lasers. Para isso, usaram aquele que é o maior laser do mundo - o mega-projecto National Ignition Facility (NIF) - que foi inaugurado em Maio de 2009 e começa agora a dar os primeiros resultados de sucesso. O NIF, cuja construção se iniciou em 1997, tem um total de 192 feixes laser de alta energia, gerados ao longo de uma cadeia de amplificação que ocupa um espaço equivalente ao de três campos de futebol. O coração do NIF consiste numa enorme câmara de aço esférica, com três andares de altura, onde cada um dos feixes entra por uma pequena janela e é focado no centro. Aqui encontra-se o pequeno cilindro dourado, chamado hohlraum, cujo interior é iluminado de forma simétrica pelo total dos feixes (ver imagem). A energia luminosa que atinge este alvo é de 1.8 milhões de Joules, concentrada em impulsos cuja duração é inferior a um centésimo de milionésimo de segundo. Desta vez, ainda não foi utilizada toda a energia - apenas cerca de 40%. Mesmo assim, trata-se de um novo recorde mundial de energia produzida por um laser, sendo 20 vezes superior ao máximo atingido anteriormente. E a colossal potência equivalente seria suficiente para fazer evaporar num segundo toda a água de 50 piscinas olímpicas.
Na fusão por confinamento inercial, os feixes laser criam um "banho" de raios-x dentro do hohlraum, em cujo interior está colocada uma micro-cápsula contendo o combustível. O raios-x fazem com que a cápsula seja comprimida e a sua temperatura se eleve de forma quase instantânea até milhões de graus. As densidades atingidas levam a que se dê a fusão dos átomos no seu interior. Se a energia libertada for superior a toda a  energia que foi investida para a produzir, temos uma fonte eficiente.
Espera-se que este processo seja a chave para se atingir a fusão, só que o caminho até lá se chegar está cheio de dificuldades técnicas. Por exemplo, a irradiação do alvo tem que ser feita de forma extremamente simétrica e homogénea, já que quaisquer desequilíbrios perturbam e inviabilizam o processo. Outro problema que preocupa os investigadores há três décadas tem a ver com o plasma criado pelos lasers dentro do hohlraum. Acontece que os lasers são de tal forma intensos que, ao interagirem com o interior do pequeno cilindro, vaporizam a sua matéria, criando uma "sopa" de partículas carregadas entre as suas paredes. Pensava-se que esta "sopa" de plasma atuaria como um nevoeiro, prejudicando a capacidade da cápsula ser uniformemente iluminada, e afetando inevitavelmente a eficiência de absorção da luz.
O que as recentes experiências realizadas no NIF demonstraram é que o plasma não reduz a capacidade de absorção de energia como se temia, mas que até pode ser manipulado favoravelmente de forma a optimizar a iluminação da cápsula e a uniformidade da compressão. Foi uma prova dramática de que aquele que se receava que fosse um dos principais problemas pode afinal ser ultrapassado. É um dos resultados mais promissores em toda a história da fusão nuclear.
Entretanto, uma vez concluída esta fase de demonstração, os investigadores do NIF contam iniciar em Maio as experiências com alvos efetivamente carregados de combustível, e utilizando a 100% a energia que pode ser produzida pelo sistema. Com estes parâmetros, eles estão convictos de que a demonstração de fusão nuclear pode acontecer muito em breve. No ano em que se comemoram os 50 anos da invenção do laser, seria um presente a condizer.



Síntese facilitada


Nobel de Química de 2010 contempla o desenvolvimento de métodos que permitiram a produção em laboratório de moléculas orgânicas complexas de grande interesse médico e industrial. Prêmio será dividido por um norte-americano e dois japoneses.


Síntese facilitada
A esponja ‘Discodermia dissoluta’, encontrada no mar do Caribe, produz a discodermolida, substância de ação antitumoral que foi possível obter artificialmente graças ao uso do paládio como catalisador da síntese de moléculas orgânicas (foto: NOAA).


A criação de técnicas que permitiram a síntese de compostos que antes era impossível obter em laboratório foi o feito contemplado pelo Nobel de Química deste ano. O prêmio de 10 milhões de coroas suecas (equivalente a cerca de R$ 2,5 milhões) será dividido em partes iguais por três pesquisadores.
Os agraciados são o norte-americano Richard F. Heck (1931-), professor emérito da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, e os japoneses Ei-ichi Negishi (1935-), professor de química da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, e Akira Suzuki (1930-), professor emérito da Universidade Hokkaido, no Japão.
Os laureados desenvolveram, de forma independente, métodos que usam o metal paládio como catalisador para a síntese de moléculas orgânicas. (Um catalisador é uma substância que aumenta a velocidade ou eficiência de uma reação.)
Os métodos criados por eles permitiram produzir em laboratório moléculas orgânicas complexas – que têm em sua estrutura um ‘esqueleto’ formado por longas cadeias de carbono. O paládio usado como catalisador da reação favorece a ligação dos átomos de carbono – que, por sua estabilidade, não reagem facilmente uns com os outros.
"Na química orgânica todos usam os métodos desenvolvidos pelos premiados. A escolha é muito justa", avalia o engenheiro químico Martin Schmal, coordenador do Núcleo de Catálise da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). "O grande mérito deles é a aplicação desse método na construção de novas moléculas que servem tanto para a indústria, quanto para a medicina ou a química fina."


Laureados - Nobel de Química 2010 
Os laureados de 2010 com o Nobel de Química. Da esquerda para a direita: o americano Richard F. Heck e os japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (fotos: Universidades de Delaware / Purdue / de Hokkaido). 


Pulo do gato
Antes do trabalho dos laureados, eram conhecidos métodos que permitiam a síntese de pequenas moléculas orgânicas. Quando era tecnicamente possível, a síntese de moléculas mais complexas, com um número maior de átomos de carbono, gerava um grande volume de subprodutos indesejáveis, que inviabilizavam sua produção em grande escala. O pulo do gato foi a adoção do paládio como catalisador para esse processo, que permitiu promover a reação com grande eficiência e precisão.
No método desenvolvido pelos laureados, o paládio é usado como 'ponto de encontro' para os átomos de carbono, que se aproximam e ficam em posição propícia para desencadear a reação que os ligará. “A catálise permitiu que eles conseguissem realizar a síntese de forma rápida e em condições extremamente brandas, em temperaturas baixas”, explica Martin Schmal.
O primeiro dos laureados a investigar o uso do paládio como catalisador para a síntese de moléculas orgânicas foi Richard Heck. Inspirado no emprego desse metal por uma empresa química alemã, ele fez em laboratório ensaios que permitiram ligar cadeias cada vez maiores de átomos de carbono.
Uma etapa essencial do seu trabalho foi obtenção de estireno – unidade elementar de um polímero de grande importância industrial – a partir de duas moléculas orgânicas menores, como mostra o diagrama abaixo:
Síntese de estireno 
Representação esquemática da reação pioneira que Richard Heck promoveu para o uso do paládio como catalisador da síntese de moléculas orgânicas. O paládio (representado em vermelho) facilita a ligação entre um dos átomos de carbono da molécula de olefina com outro da molécula de bromobenzeno. A presença do paládio estimula a ligação entre esses dois carbonos e resulta na formação de uma molécula de estireno, unidade fundamental do poliestireno, polímero de grande importância comercial (arte: Fundação Nobel).


Na segunda metade dos anos 1970, Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki desenvolveram outros métodos que usavam o paládio como catalisador para a síntese de moléculas orgânicas, além de envolver também compostos de zinco e boro, respectivamente.




Interesse médico e industrial
As técnicas criadas pelos laureados são hoje amplamente adotadas em todo o mundo para a produção em grande escala de moléculas orgânicas de interesse médico e industrial, como fármacos ou componentes eletrônicos, como os OLEDs – sigla em inglês para diodos orgânicos emissores de luz.
O chamado método de Heck é hoje o mais empregado no mundo para promover ligações simples entre átomos de carbono. Ele é usado, por exemplo, na produção em escala industrial de drogas anti-inflamatórias e contra a asma.
Da mesma forma, a variante do método desenvolvida por Negishi permitiu sintetizar em laboratório a discodermolida, substância de ação antitumoral que só era encontrada em esponjas da espécie Discodermia dissoluta, que habitam o mar do Caribe. Antes disso, não era possível produzir esse composto em escala comercial.
A produção artificial de substâncias como essa talvez seja a maior vantagem dos métodos desenvolvidos pelos laureados. “O mais interessante é que eles permitem obter moléculas que já existem na natureza, mas que nunca havia sido possível sintetizar”, resume Martin Schmal.


obs: As moléculas orgânicas, construídas a partir de átomos de carbono, são fundamentais para a vida. Não por acaso, as ligações entre esses átomos já foram o objeto de cinco prêmios Nobel no passado – o último deles foi concedido em 2005 a três pesquisadores que desenvolveram métodos catalisados por metais para promover ligações duplas entre átomos de carbono.




As microalgas podem constituir a fonte ideal para os biocombustíveis do futuro

                                           (segunda, 27 outubro 2008 . Le Monde)


São plantas microscópicas, que se encontram nos oceanos, nos lagos e nos rios. Elas crescem em decorrência do processo de fotossíntese e, para tanto, não precisam de quase nada, apenas de sol, de água e de gás carbônico. Sobretudo, elas são ricas em lipídios. . . Por todas essas razões, as microalgas talvez constituam a principal reserva existente dos biocombustíveis que serão utilizados no futuro. Os biocombustíveis de primeira geração, que são extraídos dos vegetais terrestres - milho, trigo, beterraba e cana-de-açúcar para a produção do bioetanol; colza, soja e girassol para o biodiesel - já não gozam mais do prestígio que tinham pouco tempo atrás. Isso se deve ao fato de que eles entraram em concorrência com as culturas de gêneros alimentícios, além de constituírem uma das causas principais dos desmatamentos e da deterioração dos solos. Já, os biocombustíveis de segunda geração, que valorizam a totalidade das plantas - madeira, folhas, palha, resíduos agrícolas -, prometem ser mais vantajosos. Contudo, no que diz respeito à categoria mais avançada desta geração, que visa a produzir bioetanol a partir da celulose e da linina da madeira (uma substância orgânica também chamada de acromatina que impregna as células, as fibras e os vasos da madeira), os rendimentos que foram obtidos até agora permanecem reduzidos; além disso, os seus custos seguem elevados e as tecnologias empregadas, complexas. Com isso, a alternativa mais promissora poderia provir das microalgas, que já foram qualificadas pelos cientistas como fonte de biocombustíveis de terceira geração. "A produção em grande escala de biodiesel a partir de algas vai acontecer muito mais rapidamente do que imaginam", prevê Juan Wu, da sociedade de consultoria em biotecnologias Alcimed. Este especialista acredita que a sua comercialização seja possível "dentro de três a seis anos, e com um preço competitivo em relação ao diesel produzido a partir do petróleo". Já, o responsável do programa de pesquisas francês Shamash - do nome da divindade solar do império da Babilônia -, Olivier Bernard, do Instituto Nacional de Pesquisas em Informática e em Automatismo (cuja sigla em francês é Inria), com sede em Sophia Antipolis (sudeste), se mostra mais prudente a respeito do biocombustível a base de algas. "Em teoria, o potencial das microalgas é enorme e justifica os meios importantes que lhes são dedicados no plano da pesquisa. Contudo, nós ainda não passamos do estágio do laboratório", pondera. "Ainda falta muito para que uma produção em grande escala possa ser iniciada. Isso só irá ocorrer dentro de pelo menos cinco anos, e mais provavelmente dentro de dez anos".  

Muitos pesquisadores e industriais estão voltando as suas atenções para esta nova jazida de energia. Uma centena de projetos já foi deslanchada não só nos Estados Unidos, como também na Austrália, na China ou em Israel. Na Europa, cerca de quinze programas de pesquisas estão sendo desenvolvidos. Um dos pioneiros, a companhia americana Petrosun, anunciou no segundo trimestre deste ano a criação, em Rio Hondo (Texas), de uma fazenda de microalgas marinhas, instalada numa superfície de 450 hectares de lagoas de água marinha, e de outra fazenda similar, perto do golfo do México, de 1.100 hectares. A sociedade israelense Algatech, que vem elaborando desde 1999, no deserto do Neguev, derivados de algas para fins medicinais e alimentícios, já está se preparando para produzir um combustível à base de algas. Por sua vez, a GreenFuel, uma empresa fundada por engenheiros do Massachusetts Institute of Technology (MIT), já está comercializando sistemas de cultura das algas. As companhias petroleiras Shell e Chevron também resolveram lançar-se nesta aventura. Inúmeras empresas start-up estão florescendo no mercado. Nelas, importantes investidores de capital de risco andaram injetando milhões de dólares. . . "As microalgas podem acumular entre 60% e 80% do seu peso em ácidos gordurosos", explica Olivier Bernard. Isso permite esperar uma produção anual, por hectare, de cerca de trinta toneladas de óleo. Ou seja, um rendimento trinta vezes superior ao das espécies oleaginosas terrestres como a colza. Contudo, ainda falta muito para que os procedimentos de fabricação sejam totalmente dominados. Entre as várias centenas de milhares, e até os milhões de espécies de microalgas presentes na natureza, nem todas revelam ser tão promissoras. Portanto será preciso selecionar - ou obter por meio de manipulação genética - as variedades cujo crescimento for mais rápido e aquelas que se mostrarão mais aptas a armazenarem lipídios. Então, numa segunda etapa, os pesquisadores deverão comparar o desempenho de diferentes formas de cultura, seja dentro de piscinas de água do mar ou de água doce; ou ainda no interior de aquários fechados - chamados de foto-bioreagentes -, que evitam que as culturas sejam contaminadas por outros microorganismos e permitem controlar a fotossíntese de maneira mais eficiente, mas que também custam mais caro. Então, será necessário encontrar a melhor equação biológica para modificar o metabolismo das algas e "carregá-las" com ácidos gordurosos, submetendo-as a certos tipos de stress - tais como uma carência em nitrogênio - e dopando-as com CO2. Este último processo, a razão de cerca de 2 kg de gás carbônico para 1 kg de matéria vegetal, poderia ser utilizado para reciclar resíduos industriais. Por fim, ainda será necessário elaborar um processo eficiente de extração do óleo armazenado por essas plantas minúsculas. Com efeito, o método atual, por meio de centrifugação, secagem e uso de um solvente orgânico, requer grandes quantidades de energia. E para concluir, será então possível transformar este óleo em combustível diesel. Vale dizer que enormes progressos ainda estão por serem realizados, até que o "ouro verde" das microalgas ponha um motor de carro para funcionar. 

Em seu relatório anual sobre a alimentação mundial, que foi publicado no início de outubro, a Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura (FAO) incluiu uma severa advertência no que diz respeito aos biocombustíveis. Ela fez um apelo aos países da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos, que conta 30 países-membros) para que estes operem uma revisão das suas políticas energéticas e das subvenções que eles alocaram para a produção de biocombustíveis. Essa mudança das metas destina-se a manter o objetivo de segurança alimentar mundial e a garantir um meio-ambiente sustentável. "As oportunidades para os países em desenvolvimento de tirarem um melhor proveito da demanda de biocombustíveis seriam favorecidas pela supressão das subvenções agrícolas e das barreiras comerciais que criam um mercado artificial e que beneficiam atualmente apenas aos produtores dos países da OCDE, em detrimento dos países em desenvolvimento", denunciou Jacques Diouf, o diretor-geral da FAO. Ao alertar para o fato de que a produção de biocombustíveis mais que triplicou entre 2000 e 2007, e que ela deveria continuar aumentando no decorrer da próxima década, o que deverá provocar aumentos dos preços dos gêneros alimentícios, a FAO insiste, em seu relatório, para que os países da OCDE procurem reduzir os riscos e compartilhem melhor as vantagens proporcionadas pelos biocombustíveis.  

Pierre Le Hir (Tradução: Jean-Yves de Neufville)

Mãos na massa!

Mais experimentos para se fazer:


Quantidade de oxigênio
Você está careca de saber que o oxigênio é essencial para a vida da maioria dos seres vivos. Mas desconfia que esse gás representa uma parcela muito pequena do ar atmosférico? Com um experimento simples, você pode medir a quantidade de oxigênio presente no ar. Vamos tentar?


Você vai precisar de:
- um pote ou uma garrafa de vidro;
- um pedaço pequeno de vela;
- um prato fundo com água.


Modo de fazer:
Depois de encher o prato com água, peça a ajuda de um adulto para acender a vela e deixe que ela flutue na água. Então, cubra cuidadosamente a vela com o pote (ou a garrafa, ou até mesmo um copo) e solte. A vela irá continuar acesa durante alguns segundos e logo se apagará. Então, você verá que o nível de água dentro do pote (ou da garrafa) vai subir. Hããã?!


Como isso aconteceu?
O ar que respiramos é uma mistura de muitos gases, principalmente de um gás chamado nitrogênio e outro, oxigênio (que é tão importante para a nossa respiração). O fogo precisa do oxigênio para ocorrer. Na combustão, o oxigênio se combina com o combustível (no caso, a parafina da vela) formando outros dois compostos: água e um gás conhecido como gás carbônico. Já o nitrogênio continua lá, como se nada tivesse acontecido. E daí? Acontece que uma parte do oxigênio foi parar nessa água que foi criada com a combustão. Portanto, o novo gás, o gás carbônico, só ocupa uma parte do que era ocupado pelo ar. Com isso, a pressão dentro do copo diminui e entra mais água nele (empurrada pela pressão da atmosfera). Se todo o ar fosse composto de oxigênio, entraria muita água no copo. Mas como a atmosfera só tem um quinto de oxigênio (ou seja, quatro partes em cinco são de gás carbônico), apenas pouca água entra no copo.


Observação: para ver que a combustão dá origem à água, basta fazer um experimento parecido com este, mas sem colocar nada de água no prato. Quando você colocar o pote por cima da vela e esta apagar, verá que o pote ficará embaçado. É justamente a água criada na combustão!


Suco que muda de cor:


Você vai precisar de:
- Repolho roxo
- Liquidificador
- Coador
- Colher
- Água
- Cinco copos transparentes
- Limão
- Vinagre
- Bicarbonato de sódio (à venda em farmácias)
- Sabão em pó


Modo de fazer
1. Com a ajuda de um adulto, coloque, no liquidificador, uma folha de repolho, um litro de água e bata bem.
2. Coe o suco e o divida entre os copos.
3. Não faça nada com o primeiro copo. No segundo, esprema o limão e pingue algumas gotas até notar alguma diferença. No terceiro, acrescente sabão em pó; no quarto, vinagre; no quinto, bicarbonato de sódio. Sempre mexa com uma colher.


O que aconteceu?
Com a adição do limão e do vinagre, o suco de repolho, que era roxo, ficou rosa. Com o sabão em pó ou o bicarbonato de sódio, no entanto, ele ficou esverdeado.


Por quê?
Muitas plantas, como o repolho roxo, possuem substâncias que têm cor. Elas, porém, mudam sua coloração ao entrarem em contato com substâncias que são ácidas ou, ao contrário, básicas. O suco de limão e o vinagre, por exemplo, contêm ácidos: o primeiro o ácido cítrico e o ácido ascórbico (vitamina C), enquanto o segundo, ácido acético (vinagre). Os produtos de limpeza, como o sabão em pó e o bicarbonato, por sua vez, são, em geral, básicos, pois as substâncias desse tipo ajudam a dissolver a gordura e remover a sujeira.


Atenção!!! O suco é só para observar, e não para beber!


Fio de náilon atravessando um cubo de gelo sem cortá-lo:


Você só precisa ter à mão:
- uma barra de gelo (que você pode fazer congelando água dentro de um pequeno pote de manteiga);
- 50 centímetros de fio de náilon (o que tem 0,35 milímetros de espessura é o ideal);
- duas garrafas plásticas de refrigerante (2 litros) cheias de água.


Amarre uma garrafa em cada ponta do fio de náilon. Em seguida, pegue a barra de gelo e coloque-a numa fenda (pode ser entre duas cadeiras, por exemplo). Depois, passe o fio pela fenda, de forma que as garrafas fiquem penduradas, uma de cada lado da barra. Por fim, observe.


Aos poucos, o fio vai entrando no gelo até atravessá-lo por completo, sem cortá-lo! Como isso é possível?


Veja: quando aumentamos a pressão sobre o gelo, ele derrete. E o fio de náilon que tem as garrafas penduradas exerce uma grande pressão sobre o gelo na parte em que ele se apóia. Nessa parte de contato, o gelo derrete e o fio desce até encontrar gelo novamente. A pequena parte de água líquida que fica acima do fio, torna-se livre do peso dele e volta a congelar porque sua temperatura permanece abaixo de zero e não está mais sob pressão alta, mas à pressão normal -- condições propícias para a água virar gelo.


Essa mesma propriedade do gelo é utilizada para a patinação. Por isso os patins de gelo têm aquela lâmina fina, que exerce uma grande pressão sobre a água congelada, fazendo-a derreter na faixa de apoio. Assim, os patins deslizam com mais facilidade. Na verdade, a pessoa patina na água, e não no gelo!

Experimentos Caseiros

Alguns Experimentos:






obs: o video do ovo entrando dentro da garrafa ocorre pelo seguinte motivo:
com a queima do papel no interior da garrafa cria-se uma diferença de pressão dentro e fora do recipiente. A pressão interna torna-se menor que a externa, desta forma o ovo é empurrado pelo ar atmosférico para dentro da garrafa.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cultura Inútil




Aviso em uma porta de um laboratório de ótica.
- NÃO olhe para o laser com o olho que ainda lhe resta.



P: Você sabe porque que o Heisenberg nunca teve filhos?
R: Porque quando ele acertava o momento, errava a posição, e quando acertava a posição, errava o momento!!!



P:voce acha um eletron e leva ele pra casa. Qual o nome dele?
R: Eletrondoméstico



Pelo princípio da incerteza de Heisenberg, se você sabe a que velocidade está dirigindo, então você está perdido...


P: Como o átomo atende o telefone?
R: Próton?



P: Por que não se pode comer um elétron?
R: Porque ele tem spin.



P: Porque as estrelas não fazem miau?
R: Porque Astro no mia



P: Por que se deve manter o silêncio absoluto nos laboratórios?
R: Para não desconcentrar os reagentes...





P:Qual o elemento mais bem informado?
R: O frâncio que fica ao lado do rádio.




P:Porque o urso branco se dissolve na água?
R:Porque ele é polar.



P: Qual o elemento químico que está sempre na sombra?
R: O Índio. Ele está embaixo do Gálio.



P: Qual o lanche favorito do átomo?
R: Pé-de-moléculas.







Carta de Amor de um Químico

Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2000.

Querida Valência:Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, comp
artilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei, mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente:
"Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nehum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel que digo, pois saiba qe eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva.
Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!),
nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite,
pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base.
Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.
Abrácidos do:
Leantânio


Oração pré-prova de Química
Pai Nox que estais nos sais
Balanceada seja a vossa nomenclatura
Venha a nox o vosso rênio
Periódica seja a vossa vontade
Assim no ferro como no sal.
O pão nox de cada dia nos boroso
Oxidai nossa valência
Assim como oxidamos a quem nos tem Anidrido
Não nos deixeis cair em oxi-redução
E livrai-nos do sal.
Ametal.



Homem (Hm)

Elemento: Homem Símbolo: Hm Massa atômica: normalmente 70, mas pode variar entre 0-150kg .Descoberto por: Eva Ocorrência: normalmente encontrado junto ao elemento Mulher (Mu), em alguns casos a concentração é bastante elevada. Propriedades gerais:
    - perde a estabilidade quando misturado com etanol
    - passa a estados de baixa energia depois de reagir com o elemento Mulher (Mu)
    - ganha massa com o passar do tempo, e a capacidade reativa diminui
    - raramente encontrado na forma pura após 14 anos
    - normalmente recoberto por uma camada dura, mas com um interior mole.
    - estrutura simples
 
Propriedades químicas:
    - propridades alteradas quando reage com formas impuras de Mulher (Mu)
    - pode reagir com vários isótopos de Mulher (Mu), e em alguns casos a reação é muito rápida
    - pode reagir de forma violenta quando submetido a pressão  

Estocagem: reatividade só é satisfatória após 18 anos Usos: beneficiamento do elemento Mulher (Mu) 
Cuidados: pode reagir de forma violenta se impedido de interagir com o elemento Mulher (Mu). O elemento mulher pode torná-lo muito maleável.


Mulher (Mu)

Elemento: Mulher Símbolo: Mu Massa atômica: normalmente 59, mas pode variar entre 40-100kg. Descoberto por: Adão Ocorrência: próximo a áreas urbanas, em casos raros pode ser encontrado na forma virgem. Propriedades gerais:
    - superfície normalmente recoberta por pigmentos
    - entra em ebulição facilmente e "congela" sem razão aparente
    - derrete com tratamentos especiais
    - pode causar fortes dores de cabeça se manuseada sem cuidados

Propriedades químicas:    
    - grande afinidade por ouro, prata e pedras preciosas
    - absorve grandes quantidades de substâncias caras
    - pode reagir violentamente se abandonada
    - aumenta a reatividade quando tratada com quantidades adequadas de etanol   
Estocagem: torna-se menos reativa, mas não menos perigosa se estocado junto com Hm. Usos: como ornamentação Cuidados: cada situação requer um cuidado diferente e que varia com o tempo e condições ambientes, extremamente inconstante.

Se um pedaço de queijo suíço tem muitos buracos, logo quanto mais queijo, mais buracos.
Se cada buraco ocupa o lugar do queijo, logo quanto mais buracos, menos queijo.
Se quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos, menos queijo, logo, quanto mais queijo, menos queijo!



Se Deus é perfeito porque ele teria criado funções descontínuas?

Matemáticos são pessoas capazes de dizer que, quando há supostamente 3 pessoas em uma sala e dela sairem 5, duas devem entrar para a sala estar vazia.
Problemas com a matemática?
Ligue 0-800-[(10x)(13i)^2]-[sin(xy)/2.362x]

Há três grupos de pessoas no mundo, as que conseguem contar e as que não conseguem.

P: Quanto é 8 dividido em duas partes?
R: Na vertical é 3 e na horizontal é 0.

Vestiburradas / Pérolas de Exatas

"Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio."

 
"O nervo ótico transmite idéias luminosas."

"O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água."

 "A principal função da raiz é se enterrar."

  "A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário."

  "O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo."

"O vento está intimamente ligado com propagação de ondas de ar, elas batem e carregam tudo pela frente quando são de alta amplitude."

"Toda energia cinética você deve pegar a velocidade e dividir por 2 pra dar certo."

"O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio."